Sarkozy é condenado em definitivo e cumprirá um ano com pulseira eletrónica

Partilhe esta notícia

Recursos foram rejeitados. Sarkozy vai recorrer para o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, o que não impedirá, no entanto, a aplicação das sanções impostas.

O Tribunal de Cassação francês rejeitou, esta quarta-feira, os recursos apresentados por Nicolas Sarkozy, confirmando a sentença e condenando definitivamente o antigo presidente a uma pena de três de prisão, dois deles de pena suspensa e um ano sob vigilância eletrónica, por corrupção e tráfico de influências.

Além disso, o antigo presidente ficará impedido de concorrer a cargos públicos durante três anos.

Sarkozy será obrigado a usar uma pulseira eletrónica, uma sanção sem precedentes para um antigo Chefe de Estado. Segundo a imprensa francesa, deverá ser convocado, num prazo inferior a um mês, para comparecer perante um juiz de execução de penas, que determinará os termos e condições da pulseira, que será colocada posteriormente.

À AFP, o advogado de Sarkozy afirmou que o seu cliente “vai obviamente cumprir” a sua sentença final, mas vai recorrer ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (TEDH). “Nas próximas semanas, vai recorrer ao Tribunal Europeu, como tem o direito de fazer, para obter a garantia dos direitos que os juízes franceses lhe negaram”, acrescentou.

Este recurso não impedirá, no entanto, a aplicação das sanções impostas.

A decisão sobre este caso, também conhecido por caso Bismuth, surge no momento em que o antigo chefe de Estado francês deverá comparecer em tribunal, em Paris, a partir de 6 de janeiro, durante quatro meses, no âmbito de um processo por suspeita de financiamento iclícito da sua campanha presidencial de 2007.

O antigo presidente francês, recorde-se, foi acusado de subornar um juiz, em 2014, para uma troca de informações num processo em que estava a ser investigado. 

Sarkozy, de 69 anos, foi presidente de 2007 a 2012.